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Cuidado com as profissões que aparecem em séries.

  • Foto do escritor: gisellylira
    gisellylira
  • 20 de ago.
  • 2 min de leitura
Que bom seria se o dia de um médico fosse igual Grey’s Anatomy, não é?
Que bom seria se o dia de um médico fosse igual Grey’s Anatomy, não é?

Sei que muita gente se apaixona por House ou Grey’s Anatomy e fica sonhando em ser médico.

 

Muita gente assiste Suits e How to get away with a murder e se identifica total com Direito.

 

Tem as pessoas que, encantadas com CSI e Mindhunter, querem trabalhar com investigação forense.

 

Essa identificação com profissionais de séries e livros faz todo sentido, já que essa é uma das primeiras formas de observarmos as pessoas trabalhando. É claro que enquanto a gente cresce também vamos conhecendo as profissões dos nossos familiares, mas a gente não vai todos os dias ver como é o trabalho da nossa mãe. Já na série, dá pra acompanhar a Medirith todos os dias e ver como é a rotina de atendimentos no Grey Sloan. É como se fôssemos trabalhar junto com os personagens.

 

Até quando a série não é sobre uma profissão específica, tem gente que gosta tanto de um personagem que fica pensando em seguir pelo mesmo caminho profissional que ele. Já conversei com jovens que queriam ir para Moda por causa da Rachel de Friends, e jovens que queriam ir para Arquitetura por causa do Ted de How I met your mother.

 

Então sim, personagens fictícios nos conquistam com as suas profissões. Mas o que fazer se o seu coração foi fisgado dessa forma?

 

Você precisa pensar em 3 coisas:

 

1) Eu estou apaixonado pela profissão ou pelo personagem?

Ex.: Eu estou apaixonado por cirurgias no cérebro ou pela forma como o Derek é autoconfiante? Se a paixão é pelas cirurgias, faz sentido seguir um caminho de cirurgião, mas se a paixão é pela autoconfiança daquele profissional, você conseguiria ter esse comportamento em inúmeras profissões (não precisa se prender à Medicina).

 

2) Esse ambiente de trabalho é empolgante ou as relações dessa história é que são interessantes?

Ex.: Eu estou apaixonado por hospitais ou pela forma como todos querem ser amigos da Meredith? Se a paixão é pelo ambiente hospitalar, faz sentido seguir um caminho na área da saúde que te leve a trabalhar em hospitais, mas se a paixão é pelas amizades formadas ali, você conseguiria ter amizades assim em inúmeros ambientes (não precisa se prender aos hospitais).

 

3) Se eu for ter essa profissão aqui no Brasil, vou ter essas mesmas condições de trabalho?

Ex.: Se eu for trabalhar em um hospital aqui da minha região, eu vou ter os mesmos recursos e tecnologias de trabalho que são mostrados na série? Os pacientes vão chegar lá com os mesmos problemas e receber os mesmos tratamentos mostrados na história? Os dias vão ser tão recheados de aventuras quanto os dias dos personagens? Já adianto que a resposta mais provável para todas essas perguntas é um belo “NÃO”, viu. E mesmo assim, com todas as características sendo diferentes daquelas que você vê nos episódios, você ainda sente vontade de seguir por esse caminho?

 

Essas perguntas vão te ajudar a avaliar se você realmente se identificou com aquela profissão apresentada ou se os personagens vão apenas servir como inspiração para que você siga o seu próprio caminho.

 

Giselly Lira

Psicóloga | Orientadora Profissional

CRP 05/21198

 
 
 

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